¿Qué será de ti? / Como vai você?

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como a preocupação com os vidros abertos
e um certo nojo pelo toque do carpete nos pés
te convido para sentar, te ofereço um café
e subitamente
sou detida pelas paredes
como se de um minuto a outro a sala se estreitasse
e um corredor comprido e desajeitado
se armasse entre nós
(…)
para Juliano Pessanha
Poema para duas vozes:
oculta, detrás destas linhas, uma origem cada vez mais remota (às vezes tenho medo de escrever porque posso estilhaçar meu rosto) as palavras nascem para fazer algo morrer —foi o que ela disse (fiquei imaginando as coisas que não posso escrever, que não posso deixar morrer) desviar o pensamento fútil para pensamentos mais nobres (a nobreza esta no tema?) quais são as coisas que não podem morrer em mim? (Defendo-me detrás de um rosto frágil porque não sei construir máscaras de Veneza—minhas fantasias se desfazem na chuva, não aprendi a prever o tempo) quais os andaimes que me trouxeram até aqui? (não quero descer. não posso. aqui me mantenho, nestas linhas. depois descanso a caneta ao lado e me vou. pouco resta de mim. oculta, cada vez mais remota. pouco fica da minha carne —não quero ser origem. quero despertencer.
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