Antes Que Ele Cobice

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Este homem notou Mackenzie e Bryers pela primeira vez. Ele andou até eles e balançou a cabeça quase se desculpando.
"Desculpe-me, mas você está tendo que ouvir todo esse absurdo," disse ele enquanto se aproximava. "Eu sou Roger Smith com a polícia estadual. Alguma coisa aqui, hein?
"Isso é o que vamos descobrir ", disse Bryers.
Smith voltou-se para os outros sete e usou uma voz potente quando disse: "Afastem-se e deixem que os federais façam o trabalho deles."
"E quanto à nossa coisa" o outro guarda perguntou?. Charlie Holt, Mackenzie lembrou. Ele olhou para Mackenzie e Bryers com suspeita. Mackenzie pensou que ele parecia um pouco tímido e com medo perto deles. Quando Mackenzie olhou para ele, ele olhou para o chão, curvando-se para pegar uma castanha. Ele jogava a castanha de mão em mão, em seguida, começou a pegar na ponta dela.
"Vocês já tiveram tempo suficiente", disse Smith. "Aguardem um segundo, tá?"
Todo mundo fez o que ele pediu. Os guardas florestais, em particular, pareciam infelizes com isso. Fazendo tudo o que podia para aliviar a situação, Mackenzie imaginou que seria bom se ela tentasse envolvê-los, tanto quanto possível, para que os ânimos não se incendeiem.
"Que tipo de informação os guardas normalmente precisam puxar de algo assim?" Ela perguntou aos guardas quando ela se abaixou sob a fita da cena do crime e começou a olhar ao redor. Ela viu um marcador onde a perna tinha sido encontrada, marcada com um pequeno marcador de madeira. A uma boa distância ela viu outro marcador onde tinha sido encontrado o restante do corpo.
"Nós precisamos saber por quanto tempo manteremos o parque fechado por causa de uma coisa", disse Andrews. "Por mais egoísta que possa parecer, o parque representa um bom pedaço de receitas para o turismo."
"Você está certo", Clements falou. "Isso soa egoísta."
"Bem, acho que nós estamos autorizados a sermos egoístas de tempos em tempos," Charlie Holt disse, bastante defensivamente. Ele então, encarou Mackenzie e Bryers com um olhar de desprezo.
"Por que?" Perguntou Mackenzie.
"Algum de vocês já sabe que tipo de porcaria temos que aturar aqui?" Perguntou Holt.
"Não, na verdade," perguntou Bryers.
"Adolescentes fazendo sexo", disse Holt. "Orgias de tempos em tempos. Práticas Wicca estranhas. Eu mesmo peguei um cara bêbado aqui brincando com um toco, e eu estou falando de coisas surpreendentes para todo lado. Estas são as histórias que os estaduais dão risada e a polícia local apenas usa como forragem para piadas nos fins de semana. "Ele se abaixou e pegou outro castanha, como ele fez com a primeira.
"Ah", acrescentou Joe Andrews. "E depois há a captura de um pai no ato de molestar sua filha de oito anos de idade, perto do caminho de pescaria. E o que eu ganho? A menina gritando comigo para deixar o pai dela em paz e, em seguida, um aviso da polícia local e estadual para não ser tão rude da próxima vez. Então, sim... podemos ser egoístas de vez em quando.”
"A floresta ficou em silêncio, em seguida, silêncio quebrado apenas por um dos outros policiais locais, que fez um som de riso de desprezo e disse: "Sim. Autoridade. Certo.”
"Ambos os guardas florestais encararam o homem com um ódio extremo. Andrews deu um passo adiante, parecendo poder explodir de raiva. "Foda-se," ele simplesmente disse.
"Eu disse para parar este absurdo," disse o oficial Smith. "Mais uma vez e cada um de vocês saíra daqui. Entenderam?”
"Aparentemente, sim.” A floresta caiu em silêncio novamente. Bryers deu um passo para atrás da fita com Mackenzie e quando todos os outros se ocupavam atrás deles, ele se inclinou para ela. Ela sentiu os olhos de Charlie Holt sobre ela e isso a fez querer socá-lo.
"Isso pode ficar feio," Bryers disse calmamente. "Vamos fazer o nosso melhor para sair daqui o mais rápido possível, o que você acha?"
Ela passou a trabalhar em seguida, analisar a área e tomar notas mentais. Bryers tinha saído da cena do crime e estava descansando contra uma árvore enquanto tossia em seu braço. Ela fez o seu melhor para não deixar que isso a distraísse. Ela manteve os olhos no chão, estudando a folhagem, o chão e as árvores. A única coisa que fazia pouco sentido para ela era como um corpo em tão mau estado tinha sido descoberto aqui. Era difícil dizer há quanto tempo o assassinato despejado o corpo; o solo em si não mostrava sinais de um ato brutal.
Ela observou a localização dos cartazes que marcaram onde as diferentes partes do corpo tinham sido encontradas. Estava longe de ter sido um acidente. Se alguém despejou um corpo mutilado e colocou as partes tão distantes, mostrava intencionalidade.
"Oficial Smith, você sabe se houve quaisquer sinais de marcas de mordida de bichos selvagens no corpo?" Perguntou ela.
"Se houvesse, eles eram tão minúsculos que um exame de base não revelou nada. Claro que, quando a autópsia chegar saberemos mais.”
"E ninguém em sua equipe ou da polícia local mudou o corpo ou os membros cortados?”
"Não.”
"O mesmo aqui", disse Clements. "Guardas, e quanto a vocês?"
"Não", disse Holt com um desdém em sua voz. Ele agora parecia estar ofendido com quase tudo.
"Posso perguntar por que pode ser importante em termos de descobrir quem fez isso?" Smith perguntou a ela.
"Bem, se o assassino fizesse tudo aqui, haveria sangue por toda parte", explicou Mackenzie. "Mesmo acontecendo há muito tempo atrás, haveria pelo menos vestígios espalhados. E eu não vejo qualquer vestígio. Então, a outra possibilidade é de que ele talvez despeje o corpo aqui. Mas se esse é o caso, por que uma perna decepada estar tão longe do resto do corpo?”
"Não entendi ", disse Smith. Atrás dele, ela viu que Clements também ouvia atentamente, mas tentando não demonstrar isso.
"Isso me faz pensar que o assassino se livrou do corpo fora aqui, mas ele separou as partes tão distantes de propósito."
"Por quê?" Perguntou Clements, não foi capaz de fingir que não estava escutando.
"Pode haver várias razões", disse ela. "Poderia ter sido algo tão mórbido como apenas se divertir com o corpo, espalhando-os em torno como se fossem nada além de brinquedos com os quais ele estava brincando. Querendo chamar nossa atenção. Ou poderia haver algum tipo de razões calculados, pelo fato da distância, pelo fato de que era uma perna, e assim por diante.”
"Sei", disse Smith. "Bem, alguns de meus homens já escreveram um relatório que tem a distância entre o corpo e a perna. Temos qualquer distância que você poderia pedir.”
Mackenzie deu uma olhada ao redor de novo, para o grupo reunido de homens e na floresta aparentemente pacífica e fez uma pausa. Não havia nenhuma razão clara para se escolher este local. O que a fez pensar que a localização era aleatória. Ainda assim, estar tão longe do caminho significava outra coisa. Isso indicava que o assassino conhecia essa floresta, talvez até mesmo o próprio parque, muito bem.
Ela começou a andar ao redor da cena, olhando mais de perto para achar vestígios de sangue seco. Mas não havia nada. A cada momento que passava, ela se tornava mais e mais certa de sua teoria.
"Rangers," disse ela. "Existe alguma maneira de se ter os nomes das pessoas que frequentam o parque? Penso nas pessoas que vêm aqui muito e que conhecem bem a área.”
"Não é verdade," disse Joe Andrews. "O melhor que podemos fazer é fornecer uma lista de doadores financeiros."
"Isso não é necessário," disse ela.
"Você tem uma teoria para testar?" Perguntou Smith.
"O assassinato estava em outro lugar e o corpo foi jogado aqui", ela disse, meio para si mesma. "Mas por que aqui? Estamos quase a uma milha de distância do caminho central e não parece haver nada de significativo nesse local. Isso me faz pensar que quem está por trás disso conhece as terras do parque muito bem.”
Ela teve alguns acenos enquanto explicava as coisas, mas teve a sensação geral de que eles duvidavam dela ou simplesmente não se importavam com a sua opinião.
Mackenzie virou-se para Bryers.
"Tudo bem?" Perguntou ela.
Ele concordou.
"Obrigada, senhores."
Todo mundo olhou para ela em silêncio. Clements parecia julgá-la.
"Bem, vamos lá então," Clements disse, finalmente. "Eu darei uma carona de volta para o carro."
"Não, está tudo bem," disse Mackenzie de um jeito um pouco rude. "Eu acho que eu prefiro andar."
Mackenzie e Bryers saíram, voltando pela floresta e para a pista de caminhada por onde Clements os tinha trazido.
Quando eles se afundaram de volta na floresta, os olhares das polícias estaduais, Clements e seus homens, e os guardas do parque estavam em suas costas, Mackenzie não podia resistir, apreciava a grande escala da floresta. Era estranho pensar nas infinitas possibilidades ali fora. Ela pensou sobre o que o guarda tinha dito, sobre os inúmeros crimes que ocorreram nessas florestas, e algo que lançou um arrepio gelado através do corpo dela.
Se alguém tinha abatido pessoas, como a pessoa que tinha sido descoberta dentro deste triângulo, e eles tinham um conhecimento bastante decente dessas florestas, praticamente não havia limites para a quantidade de ameaça que eles poderiam causar.
E ela tinha certeza de que ele iria atacar novamente.
CAPÍTULO SEIS
Mackenzie estabeleceu-se em seu escritório pouco depois das seis da tarde, exausta após aquele longo dia e começou a arrumar suas anotações para se preparar para o interrogatório que pediram sobre a missão dela na volta de Strasburg.
Alguém bateu na porta e ela olhou para cima para achar o Bryers, parecia tão cansado quanto ela, segurava uma pasta e uma xícara de café. Parecia que ele estava tentando esconder sua exaustão e, em seguida, ela percebeu que ele tinha deixado ela tomar as decisões no Parque Estadual, permitindo-lhe assumir a liderança com o Clements, Smith, Holt, e os outros homens egoístas lá na floresta. Isso, mais sua tosse, fez ela se perguntar se ele estava em declínio em sua carreira.
"O questionário está pronto"..
Mackenzie levantou-se e seguiu-o para uma sala de conferência no final do corredor. Quando ela entrou, olhou em volta para os vários agentes e peritos que compõem a equipe sobre o caso do Parque Estadual Little Hill. Havia sete pessoas e enquanto ela pensava, pessoalmente, que era muita mão-de-obra para um caso que começava, não era papel dela dizer tal coisa. Era papel do Bryers e ela estava simplesmente feliz por estar junto dele. Foi muito melhor do que ler sobre as leis de imigração e “nadar” naquela papelada.
"Tivemos um dia agitado hoje," disse Bryers. "Então, vamos começar as coisas com uma breve recapitulação."
Se ele estava cansado quando entrou, o cansaço desapareceu. Mackenzie assistiu e ouviu com muita atenção como Bryers informou as sete pessoas da sala com o que ele e Mackenzie tinham descoberto na floresta do Parque Estadual Little Hill naquele dia. As pessoas na sala anotavam, alguns rabiscavam, outros digitavam em tablets ou smartphones.
“Uma coisa a acrescentar,” um dos outros agentes disse. “Eu recebi novidades cerca de quinze minutos atrás. O caso chegou oficialmente no noticiário local. Eles já começaram a chamar esse cara de Assassino do Camping.”
Um momento de silêncio tomou conta da sala, e interiormente, Mackenzie suspirou. Isso tornaria a vida muito mais difícil para todos eles.
“Cara, que rápido,” disse Bryers. “Droga de mídia. Como fizeram para colocar as mãos nisso tão rápido?”
”Ninguém respondeu, mas Mackenzie achava que sabia. Uma cidade pequena como Strasburg estava cheia de pessoas que amavam ouvir o nome da sua cidade no noticiário, mesmo se fosse por causa de más notícias. Ela poderia pensar em alguns guardas do parque ou da polícia local que poderiam se encaixar nessa categoria.
“De qualquer forma,” Bryers continuou, implacável, “a última informação que recebemos veio do DP do estado. Eles entregaram detalhes da cena do crime para análise forense. Sabemos agora que a perna decepada e o corpo estavam exatamente a dez metros e meio de distância. Nós, obviamente, não temos ideia se isso é significativo, mas nós investigaremos isso. Também—”
”Uma batida na porta o interrompeu. Outro agente correu para a sala e entregou uma pasta para Bryers. Ele sussurrou algo rapidamente para Bryers e, em seguida, saiu.
“O relatório do legista do corpo mais recente,” disse Bryers, abrindo a pasta e olhando para dentro dela. Examinou-o rapidamente e, em seguida, começou a passar três folhas para a equipe ao seu redor. “Como vocês verão, não havia marcas de predadores famintos pelo corpo, embora houvesse leves contusões ao longo das costas e ombros. Acredita-se que a perna e mão direita foram cortadas com uma faca bastante “cega” ou alguma outra lâmina grande. Os ossos pareciam ter sido mais quebrados do que serrados. Isso difere do caso de dois anos atrás, mas é claro que poderia ser apenas porque o assassino não cuidou de suas ferramentas ou armas.”
”Bryers deu-lhes um momento para olhar para o relatório. Mackenzie mal o olhou, perfeitamente ok, confiando no resumo de Bryers. Ela já confiava nele e enquanto sabia o valor de arquivos e relatórios, não havia nada melhor do que um relatório verbal direto na opinião dela.
“Também sabemos agora o nome do falecido: Jon Torrence, vinte e dois anos de idade. Ele desapareceu cerca de quatro semanas atrás e foi visto pela última vez em um bar em Strasburg. Alguns de vocês terão a tarefa, não tão agradável, de falar com os membros de sua família hoje. Nós também buscamos algumas informações sobre a vítima de dois anos atrás. Agente White, você gostaria de compor a equipe para trabalhar sobre o caso dessa vítima?”
Mackenzie tinha lido os detalhes em um documento enviado através do Oficial Smith e sua equipe do DP do estado durante a viagem entre Strasburg e Quantico. Ela memorizou os detalhes em dez minutos e, como tal, foi capaz de repeti-los para a equipe com confiança.
“O primeiro corpo era o de Marjorie Leinhart. Sua cabeça estava quase completamente separada do seu corpo. O assassino cortou todos os seus dedos e sua perna direita do joelho para baixo. Nenhuma das partes cortadas foram descobertas. No momento da sua morte, ela tinha vinte e sete anos de idade.
Sua mãe era o único familiar vivo, já que Marjorie era filha única e seu pai morreu enquanto estava no Afeganistão em 2006. Mas a Sra Leinhart suicidou uma semana depois de o corpo de sua filha ser descoberto. Pesquisas vigorosas revelaram apenas um outro parente—um tio distante que vive em Londres—que não sabe nada sobre a família. Não tinha namorado e os poucos amigos que foram questionados todos estavam fora de suspeita. Portanto, não há literalmente ninguém para se interrogar lá.”
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