Antes Que Ele Precise

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pará-lo? Nell não tinha nada a dizer sobre isso.
—Está claro que não seremos melhores amigos tão cedo, disse Mackenzie, —então vamos pular a conversa fiada. Eu gostaria de saber todos os lugares em que você esteve ao longo da última semana.
—É uma lista longa, Nell disse desafiadoramente.
–Sim, eu tenho certeza que um homem com o seu caráter vai para todos os lugares. Então, vamos começar com duas noites atrás. Onde você estava entre seis da noite e seis da manhã?
—Duas noites atrás? Eu estava com um amigo. Jogando baralho, bebi um pouco. Nada
demais.
—Alguém que não seja o seu amigo pode confirmar isso?
Nell encolheu os ombros. Eu não sei. Havia alguns outros caras jogando baralho com a gente. Que diabos é isso?
Mackenzie não o porquê de arrastar isso mais longe do que o necessário. Se não estivesse tão distraída com o que estava acontecendo com Harrison, ela poderia ter interrogado esse cara ainda mais antes de ir direto ao ponto, esperando que ele se enrolasse, caso fosse de fato culpado.
—Um casal foi encontrado morto em sua casa de condomínio duas noites atrás. Em uma casa localizada no mesmo complexo de moradias onde você foi preso por tentativa de roubo e agressão. Unindo os dois fatos, além do fato de que você está em liberdade condicional por pouco menos de um mês, coloca você no topo da lista de pessoas para serem interrogadas.
—Isso é besteira, disse Nell.
–Não, isso é lógico. Algo, que eu suponho, não seja familiar para você com base no seu registro criminal.
Ela podia ver que ele queria respondê-la, mas ele se deteve, novamente mordendo o lábio inferior. Eu não estive nesse lugar desde que eu saí, disse ele. Que droga de sentido isso faria?
Olhou para ele com ceticismo por um momento e perguntou: —E seus amigos? São caras que você conheceu enquanto estava na prisão?
—Um deles, sim.
—Algum deles está envolvido com roubo e assalto, também?
—Não, ele cuspiu a resposta. Um dos caras tem uma acusação por arrombamento e invasão de quando ele era um adolescente, mas não… eles não matariam ninguém. Nem eu—
—Mas arrombar, invadir e bater em alguém está OK?
—Eu nunca matei ninguém, disse ele novamente. Ele estava claramente frustrado e fazendo força para não atacá-la. E isso era exatamente o que estava procurando. Se ele fosse culpado dos assassinatos, a chance de ficar instantaneamente defensivo e irritado seria muito maior. O fato de que ele estava dando o melhor de si para ficar fora de problemas, mesmo atacando verbalmente a uma Agente do FBI, mostrava que ele provavelmente não tinha conexão com os assassinatos.
—Ok, então vamos dizer que você não está relacionado com esses assassinatos. Do quê você é culpado? Presumo que você está fazendo algo que não deveria. Por qual outro motivo você me empurraria, uma Agente do FBI, e tentaria correr?
—Eu não falo, disse ele. Não até que eu veja um advogado.
—Ah, eu esqueço que você é um profissional neste jogo. Então, sim, tudo bem… vamos chamar o seu advogado. Mas eu suponho que você também sabe como é o trabalho da polícia. Nós sabemos que você é culpado de algo. E nós vamos descobrir o que é. Então me diga agora e e ficará bom para todo mundo.
Seus cinco segundos seguidos de silêncio indicavam que ele não pretendia fazer tal coisa.
–Eu vou precisar dos nomes e dos números dos caras com quem você afirma ter estado duas noites atrás. Você vai me dar isso e se o seu álibi for verdadeiro, você está livre.
—Tudo bem, Nell resmungou.
Sua reação a isso foi mais um sinal de que ele era, provavelmente, inocente dos assassinatos. Não houve alívio imediato em seu rosto, apenas uma espécie de irritação que ele tinha de alguma forma sentido mais uma vez na sala de interrogatório.
Mackenzie pegou os nomes dos caras para que Dagney ou quem estivesse no comando de tal tarefa pudesse checar no celular de Nell os seus números. Ela saiu da sala de interrogatório e voltou para observação.
—Então? Disse Rodriguez.
—Ele não é o nosso cara, disse Mackenzie. Mas apenas para o protocolo, aqui está uma lista dos amigos com quem ele disse que estava na noite em que os Kurtzes foram assassinados.
—Você tem certeza disso?
Ela balançou a cabeça afirmando.
—Não houve alívio real quando eu disse que ele provavelmente poderia sair depois de seu álibi ser consultado. E eu tentei provocá-lo, para fazê-lo tropeçar. Seu comportamento simplesmente não é indicativo de culpa. Mas como eu disse, devemos verificar com os cúmplices, só para ter certeza. Nell é com certeza culpado de alguma coisa. Eu estou com o traseiro dolorido por causa de uma queda que prova isso. Você acha que os seus caras conseguem descobrir o que é?
—É isso aí. Ela deixou a delegacia, confiante de que Mike Nell não era o cara. Além disso, porém, ela começou a pensar em seu pai.
Supôs que estava prestes a acontecer. Havia algumas semelhanças entre o seu caso e o caso atual dela. Alguém tinha entrado nas casas dos casais sem sinais de entrada forçada, insinuando que os casais conheciam o assassino e que deixaram ele entrar de bom grado. Viu flashes de seu pai, esparramado e sangrando na cama, ao recordar as imagens que tinha visto dos Kurtzes e Sterlings nos arquivos do caso.
Pensar em um pai falecido a fez sentir mais fortemente a situação de Harrison. Ela chegou ao hotel o mais rápido que pôde, no entanto, quando bateu em sua porta, ele não respondeu. Mackenzie foi até a recepção e encontrou uma recepcionista com cara de tédio, passando páginas de uma revista de celebridades.
—Com licença, mas o meu parceiro já saiu do hotel?
–Sim, ele saiu cerca de cinco minutos atrás. Eu chamei um táxi para levá-lo ao
aeroporto.
–Obrigada, disse Mackenzie, desapontada.
Ela deixou a recepção se sentindo estranhamente alienada. Claro, ela tinha sentido isso em alguns casos antes, especialmente quando trabalhava como uma detetive em Nebraska. Mas estar em uma cidade estranha, sem um parceiro a fez se sentir particularmente sozinha. Isso a fez se sentir um pouco desconfortável, mas não havia como tentar ignorar isso.
Com esse sentimento de deslocamento crescendo a cada segundo, Mackenzie percebeu que colocaria um fim nisso da única maneira que sabia: afogando-se no trabalho. Ela voltou para o seu carro e foi direto de volta para a delegacia, pensar em continuar no caso a sós pode ser um pouco deprimente, mas também poderia ser apenas a motivação que ela precisava para encontrar o assassino antes que o dia chegasse ao fim.
CAPÍTULO OITO
Sua motivação para trazer o assassino sozinha foi rapidamente silenciada por uma falta de respostas e várias horas que pareciam ser absolutamente desperdiçadas na delegacia. Ela se sentou em um pequeno escritório oferecido por Rodriguez quando as poucas atualizações escassas vieram. A primeira atualização foi que, depois de menos de três horas, cada um dos cúmplices de Mike Nell confirmou sua versão. Havia agora evidências de várias fontes que Nell tinha estado longe da moradia do casal Kurtz na noite dos assassinatos.
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